1. |
Lascado
03:09
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Lascado
(Letra: Ciro Guilherme)
(Música: Ciro Guilherme, Felipe Sá, Lucas Ezequiel, Pedro Lucas, Pedro Matías)
Agora é que você me lasca
Me pegou cheio de controvérsia
E disse para eu olhar nos seus olhos
E que parece que estou me escondendo
Pois saiba, meu amor, que eu não entendo
Não vê que meu olhar tá fixado
Na meia lua que eu vejo dentro do teu rosto
Que me tira a cabeça e que me faz
Perder a gravidade
É verdade
É verdade, é verdade
Você me botou na parede
E me tratou como se eu fosse um degredado
E eu fiquei catatônico
Como se eu ainda não tivesse lembrado
Que o laudo eu pedi à perícia
A malícia só aparece
Quando eu estou verdadeiramente lascado
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2. |
Escorbuto
03:03
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Escorbuto
(Letra: Ciro Guilherme)
(Música: Ciro Guilherme, Felipe Sá, Lucas Ezequiel, Pedro Lucas, Pedro Matías)
O escorbuto dos piratas
Falta de vitamina C
De montilla ninguém vive
Mas a culpa é de você
A minha cidade é triste
Porque não soube crescer
Em 1979
Ponta negra ninguém vê
Se Felipe Camarão
Soubesse que iria ser
Só um bairro perigoso
Lutaria na TV
Que a TV paga bem mais
E esconde sempre muito bem
O terror que se anuncia
E quase nunca me convém
Quem plantou os flaboyants
Que os homens vão cortar?
Tá laranja como a fruta
Que os piratas vão chupar
Nossa vã filosofia
Não sabe mensurar
O peso dessa cidade
Que não para de inflar
Se você fosse sincera
Uma marchinha valeria
Mas no baldo, um acidente
Acabou nossa folia
Toda falta de padrão
Das calçadas me faz ver
Que andar pelo asfalto
Lembra a falta de você
Pois o perigo me espera
E quando eu saio da caverna
É pra ver os meus amigos lá
Estamos na era mesozoica
Na terra de falta de semiotica
Só se vê aquém do chão
Quando o perigo me espera
É quando sinto o cheiro dela
E sinto que é pra me salvar
Vinho Dom Bosco é forte mesmo
Até hoje é que eu me lembro
Não vale a pena começar
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3. |
Poder da turbulência
04:55
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Poder da Turbulência
(Letra: Ciro Guilherme)
(Música: Ciro Guilherme, Felipe Sá, Lucas Ezequiel, Pedro Lucas, Pedro Matías)
Cada um tem que escolher
Se adaptar ou morrer de tédio
Na cama vazia
Besta é quem não reconhece
O poder da turbulência
De uma água fria
Sou a mais esperta cria
De mamãe, disse-me um dia:
"Filha, sente como moça"
Como sou obediente,
Nesse mar de água eu tremo
Das dez hora ao meio dia
Eu não vou sair tão cedo
Não sinto culpa, que pena
Sobre a superfície
Tem só minha cara habitual
Mas debaixo d'água
Vê-se o meu desejo de ser real
Como um pato padecendo
Num lago sujo de latas
De cervejas Populares
Eu me esqueço dos presentes
E me apego ao toque tático
E frenético dos mares
Assim recontorcida e murcha
Sou uma ativa estrela suja
Como me disseram um dia
Sou feita assim de orgulho próprio
Um patinho feio no palco
De uma casa de show vazia
Eu não vou sair tão cedo
Não sinto culpa, que pena
Sobre a superfície
Tem só minha cara habitual
Mas debaixo d'água
Vê-se o meu desejo de ser real
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4. |
Paralisia
02:38
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Paralisia
(Letra: Ciro Guilherme)
(Música: Ciro Guilherme, Felipe Sá, Lucas Ezequiel, Pedro Lucas, Pedro Matías)
Sonhei que havia possibilidade maior
De medo e discordância
Você chamou minha atenção
E eu despertei em partes
Numa rede preso, pensei que ia acordar
Como peixe na areia
Até tentei me debater
Inútil resultado
Paralisia
Foi o que sobrou
À revelia
De mim
Vi todas as sombras quando à pino o sol acordou
E o que era claro, pareceu perder
Toda razão
E eu fiquei preocupado
Pulsei de relance, outras imagens aqui
Como se só existisse escuridão
Tem nada não
O resto é inventado
Paralisia
Vou me contentar
Com a agonia
Do meu despertar
Saiba se a porta está escancarada não é um convite para se entrar
Procure alguém a volta para lhe mostrar os dedos e dizer que está tudo bem
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Ciro e a Cidade Natal, Brazil
Banda de Natal/RN formada por Ciro Guilherme (guitarra/voz), Felipe Cortez de Sá (teclados/synths), Lucas Ezequiel (guitarra), Pedro Henrique Dantas (baixo) e Pedro Lucas Freire (bateria).
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